segunda-feira, 8 de junho de 2009

Frente Fria


Frente Fria

Frente fria é a borda dianteira de uma massa de ar frio, em movimento ou estacionária. Em geral a massa de ar frio apresenta-se na atmosfera como um domo de ar frio sobre a superfície. O ar frio, relativamente denso, introduz-se sob o ar mais quente e menos denso, provocando uma queda rápida de temperatura junto ao solo, seguindo-se tempestades e também trovoadas.

A chuva para abruptamente após a passagem da frente.


As frentes frias chegam a deslocar-se a 64 km/h.

Uma frente fria é uma zona de transição onde uma massa de ar frio (polar, movendo-se para o equador) está a substituir uma massa de ar mais quente e húmido (tropical, movendo-se para o pólo).

Nuvens associadas a frentes frias

As frentes frias deslocam-se dos pólos para o equador. Predominante de Noroeste, no Hemisfério Norte, e de Sudoeste no Hemisfério Sul. Não estão associadas a um processo suave: as frentes frias movem-se rapidamente e forçam o ar quente a subir. Quando uma frente fria passa, a temperatura pode baixar mais de 5º só durante a primeira hora. Quando uma frente deixa de se mover, designa-se por frente estacionária.

O ar frio eleva o ar quente à sua frente e este vai arrefecendo à medida que é obrigado a subir. Desde que seja suficientemente húmido, o ar quente condensa formando cumulus e depois cumulonimbus, que produzem uma frente de trovoadas e cargas de água fortes com rajadas.

Os ventos altos soprando nos cristais de gelo no topo dos cumulonimbus geram cirrus e cirrostratus que anunciam a frente que se aproxima. Depois de a frente passar, o céu acaba por clarear aparecendo alguns cumulus de bom tempo (cumulus humilis). Ocorre também uma considerável queda na temperatura do ar, uma vez que a massa de ar frio passa então a dominar a dinâmica atmosférica desta região.

Se o ar que se eleva é quente e estável, as nuvens predominantes são stratus e nimbostratus, podendo-se formar nevoeiro na área de chuva. Se o ar for seco e estável, o teor de umidade no ar aumentará e aparecerão somente nuvens esparsas, sem precipitação.

Uma frente fria é representada simbolicamente por uma linha sólida com triângulos que apontam para o ar quente e na direcção do movimento.


Frente Quente


Frente quente é a parte dianteira de uma massa de ar quente em movimento.

O ar frio é relativamente denso e o ar quente tende a dominá-lo, produzindo uma larga faixa de nuvens e uma chuva fraca e persistente e às vezes nevoeiroesparso.

Nuvens associadas a frentes quentes

As frentes quentes tendem a deslocar-se lentamente e podem ser facilmente alcançadas por frentes frias, formando frentes oclusas. Quando uma frente deixa de se mover, designa-se por frente estacionária.

Uma frente quente é uma zona de transição onde uma massa de ar quente e húmido está a substituir uma massa de ar fria. As frentes quentes deslocam-se do equador para os pólos. Como o ar quente é menos denso que o ar frio, a massa de ar quente sobe por cima da massa de ar mais frio e geralmente ocorreprecipitação.

Muitas vezes, uma camada de nuvens finas (cirrus) é observada a mais de 1000 km à frente da superfície da frente quente (umas 48 horas antes dela chegar a esse local). Depois surgem cirrostratus e altostratus. A uns 300 km antes da frente surgem então stratus e nimbostratus e eventualmente começará a cair uma chuva leve. Depois da frente passar, observam-se cumulus de bom tempo.

A temperatura eleva-se já ligeiramente antes da chegada da frente quente, porque as nuvens aumentam localmente o "efeito de estufa" na atmosfera, absorvendo radiação da superfície terrestre e emitindo radiação de volta à superfície.

Frente quente (animação)

A precipitação associada com uma frente quente antecede-a e alguma da água da chuva que cai no ar mais frio pode evaporar-se e saturar o ar, originando o aparecimento de stratus. Por vezes, essas nuvens crescem rapidamente para baixo e podem originar falta de visibilidade. Se a temperatura está mais fria, também podem ocorrer nevoeiros antecedendo a chegada da frente quente.

As nuvens mais pesadas (cumulus e cumulonimbus), embora sejam mais comuns nas frentes frias, podem também ocorrer com frentes quentes. Ocasionalmente, quando o ar quente que se eleva é instável e as temperaturas nos dois lados da frente são contrastantes, os cirrus podem ser seguidos de cirrocumulus e depois de cumulonimbus e trovoadas.

O ciclo hidrológico

A água é a única substância que existe, em circunstâncias normais, em todos os três estados da matéria (sólido, líquido e gasoso) na Natureza. A coexistência destes três estados implica que existam transferências contínuas de água de um estado para outro; esta sequência fechada de fenômenos pelos quais a água passa do globo terrestre para a atmosfera é designado por ciclo hidrológico.

A água da evapotranspiração (nome cientifico dado ao vapor de água obtido da transpiração e da evaporação) atinge um certo nível da atmosfera em que ele se condensa, formando as nuvens. Nas nuvens, o vapor de água condensa-se formando gotículas, que permanecem em suspensão na atmosfera. Estas gotículas, sob certas condições, agregam-se formando gotas maiores que precipitam-se, ou seja, chove. A chuva pode seguir dois caminhos, ela pode infiltrar-se e formar um aquífero ou um lençol freático ou pode simplesmente escoar superficialmente até chegar a um rio, lago ou oceano, onde o ciclo continua.

Como ocorre a formação de nuvens?

As nuvens formam-se a partir da condensação do vapor de água existente em ar húmido na atmosfera. A condensação inicia-se quando mais moléculas de vapor de água são adicionadas ao ar já saturado ou quando a sua temperatura diminui. É o arrefecimento de ar húmido que se eleva na atmosfera que dá origem à formação de nuvens. A elevação do ar é um processo chave na produção de nuvens que pode ser produzido por convecção, por convergência de ar, por elevação topográfica ou por levantamento frontal.



Diferenças entre Ciclone e Anticiclone


ANTICICLONE


CICLONE


Ciclone
  1. Centro de baixas pressões
  2. Indicados nos mapas meteorológicos pela letra "B"
  3. Ar ascendente em espiral
  4. Ar converge à superfície e diverge em altitude
  5. O ar torna-se mais húmido
  6. Arrefecimento do tempo
  7. Condensação e formação de nuvens
  8. Grande probabilidade de precipitação

Anticiclone
  1. Centro de altas pressões
  2. Indicados nos mapas meteorológicos pela letra "A"
  3. Ar descendente em espiral
  4. Ar diverge à superfície
  5. Ar torna-se quente e seco
  6. Céu limpo ou fraca nebulosidade
  7. Não haverá condições à ocorrência de precipitação

Convergência Intertropical

A CIT designa-se por uma intensa radiação solar nas regiões equatoriais que aquecem o ar, o que provoca a sua ascendência, pois o ar aquecido é mais leve. O ar ao ascender arrefece e condensa, o que confere às regiões equatoriais um cariz extremamente chuvoso. O ar termina a sua ascensão na estratosfera (uma camada mais estável) e move-se em direcção aos pólos, sofrendo
um desvio para leste em virtude do efeito Coriolis . Aproximadamente a 30ºN, o ar arrefeceu já suficientemente e inicia uma subsidência, criando uma zona de altas pressões, designada por altas pressões subtropicais. Esta subsidência inibe a formação de nuvens e a consequente ocorrência de precipitação, sendo esta a razão por que os principais desertos quentes se localizam nesta faixa. Ao chegar à superfície, o ar subsidente pode ir em direcção ao equador (virando para oeste) ou em direcção aos pólos (virando para leste). No primeiro caso, temos ventos alíseos caracterizados pela sua grande regularidade em termos de velocidade e direcção. No segundo caso, o ar tropical vindo dos anticiclones encontra o ar frio polar vindo dos anticiclones subtropicais polares. O ar quente e o ar frio não se misturam, têm densidades diferentes e, por isso, o ar frio vindo dos pólos desloca-se sob o ar quente vindo dos trópicos. Forma-se a frente polar.

Na imagem é possível observar as nuvens associadas à Zona de Convergência Intertropical formando uma linha através do Oceano Pacífico Ocidental à altura da América Central.